8.2.10

NÃO!!! PODE FAZER BEM!!!

todos os pais que se dispõe a pensar de forma ativa a educação de seus filhos, devem viver o dilema do uso da palavra "NÃO".
Provavelmente porque observaram alguns pais com menos disposição, usar o "NÃO" para tudo e o tempo todo: NÃO mexe ai! Isso NÃO!!!! NÃO pode!!! e por outro lado parece que as crianças ouvem tantos "NÃOS" que já não faz mais efeito.

A experiência oposta é substituir o NÃO dando a criança outra possibilidade de foco, desviando a atenção, ou quando necessário explicar o porque não mexer, sempre com uma voz muito tranquila, positiva e muita amorosa.

Mas eu não estou em busca de um meio termo, e sim pensar o porque toda criança que eu conheço que teve os seus pais muito dedicados a nunca falar NÃO, ouve desde muito cedo seu filho tão amado te responder com sonoros NÃO!!! antes mesmo de ter um vocabulário compreensivel.

Eu acho que estou falando de duas coisas, uma é a função do NÃO dos pais e outra é o NÃO da criança.

O NÃO da criança me parece uma grande afirmação. Você oferece algo para ela comer e ela responde um afirmativo NÃO, você continua oferecendo aquele pedaço de fruta e sem se contradizer ela aceita e sai comendo feliz da vida.
Tradução do pensamento da criança: "VOCÊ quer que eu coma algo, eu digo NÃO para o seu desejo, porque EU quero comer esse pedaço de fruta". Um NÃO afirmativo, ele diz NÃO para falar SIM, e sentir-se decidindo algo por si, ganhando autonomia.

Os pais podem usar o NÃO muito preciso, que me parece uma maneira muito positiva de conter seu filho, assim como um sling, um banho de balde ou um colo. Você contem seu filho com um NÃO usado de maneira muito atenta e segura.

Minha filha teve a fase de querer ganhar autonomia na rua nos alto dos seus 2 anos.
"Mãe, eu quero atravessar a rua sozinha, sem dar a mão!" e teve que escutar "NÃO"!!! sem espaço para negociação.

Dai fui percebendo que de vez enquando ela me testava, naqueles dias que ela achava que eu estava dando atenção demais para irmã mais nova. Então ela dizia, "eu já sou grande e vou atravessar a rua sozinha" e ficava aliviada quando escutava o tão desejado "NÃO"!!!

Um comentário:

disse...

Acho muito poética sua atenção tão afetuosa à vida dos seus filhos, Ana.
:-D

Fiquei com uma pontinha de tristeza, porém, de saber que você não está mais no Célia nesse ano. [eu voltei a fazer]

Beijo!