é o que estamos vivendo, cheios de contradições
porque já sabemos o bastante
já queremos uma mudança
mas como sempre aprendemos a partir de uma separação
onde a mente é quem aprende, desconectada com o todo
estamos vivendo essa confusão
a mente aprendeu mas a emoção não acompanhou e assim criamos um desalinhamento do ser
nossa ação depende de nossaS emoções
não depende do nosso conhecimento
por isso estamos vivendo essa briga interna
algo em nós quer mudar e outro algo em nós não sabe como mudar
estamos estagnados pelo medo, essa é uma das emoções que nos paralisa
precisamos nos reconectar com o todo
trabalhar para a liberação de nossas emoções estagnadas
deixar a mente fazer parte do nosso corpo (e não do corpo do conhecimento fora de nós)
para que a mente se reconecte com as emoções, o instinto, a intuição…
que faça parte do todo
foi isso que senti fortemente no
IV Congresso Internacional sobre Educação sem Escola, Autoaprendizagem Colaborativo, Educação em Família, Modelos de Escola Flexíveis
que aconteceu entre os dia 2,3 e 4 de outubro de 2014
na Universidade Nacional de Colombia em Bogotá
foram 2.500 inscritos para um auditório de 500 lugares, onde foram acomodadas umas 750 pessoas
mais de 40 palestrantes com diversas experiências e saberes sobre o assunto
testemunhando que a necessidade desse movimento está por todo lado
porem o congresso aconteceu nos moldes mais acadêmicos possíveis
cada palestrante tinha 10 minutos para ler sua fala
não havia interação direta entre palestrante e publico
e contraditoriamente todos falando da necessidade de mudanças, principalmente da nossa falta de capacidade de aceitar o desconhecido, o inédito, o novo
porem os anseios continuam sendo pelo controle, pelo saber, pelas referencias, pelas garantias…
estamos quase todos nessa
queremos mudar, mas temos medo
porque mudar não é melhorar o que já está
mudar é partir de um outro paradigma
ter novas questões
sentir uma confiança inédita
onde a ação não depende de garantias
mas de presença e lucidez
percepção e fluxo
diria que antes de mais nada voltar ao todo
ao ser completo que somos e que desmembramos no nosso modo de vida
e deixar agir em nós esses desconhecido
que nada mais é que o reencontro com nosso ser por inteiro
as experiências tocantes do congresso foram as partilhas de famílias e pequenas comunidades que estão vivendo outros modos de vida
foram as experiências pequenas que geraram impacto
porque a mudança está em cada um de nós que pode gerar um novo modo de ser
já sabemos que não é preciso esperar a mudança vir de fora
esperar que a sociedade mude
que as escolas mudem
a transmutação precisa ser feita em cada um de nós
e assim acontece a grande revolução, a grande evolução
sim, o congresso foi muito inspirador
pois foi tudo muito explicito
é mais impactante fazer uma ação transformadora em si mesmo que certamente ira reverberar por todos em volta
do que muitos discursos públicos
ha que praticar no dia a dia da vida